segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Consulte as notas do Enem por escola em 2010

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/enem/consulte-as-notas-do-enem-por-escola-em-2010/n1597203329240.html

MEC muda forma de divulgação das médias do exame. Veja em ferramenta os resultados de todos os colégios e o ranking dos com mais de 75% de participação de alunos


iG São Paulo e Brasília | 12/09/2011 03:00
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Texto:
A pouco mais de um mês do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, os resultados por escola da avaliação de 2010 foram divulgados pelo Ministério da Educação com uma novidade. Pela primeira vez desde que um levantamento desse tipo foi feito em 2006, a taxa de participação de alunos de cada instituição é conhecida.


A pouco mais de um mês do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, os resultados por escola da avaliação de 2010 foram divulgados pelo Ministério da Educação com uma novidade. Pela primeira vez desde que um levantamento desse tipo foi feito em 2006, a taxa de participação de alunos de cada instituição é conhecida.
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O iG fez uma ferramenta que apresenta as médias das notas dos alunos nas provas objetivas (nas quatro áreas do conhecimento), na redação e totais (objetiva e redação) de todas as escolas brasileiras que tiveram candidatos no exame. Ao consultar pelo nome do colégio, pela rede de ensino (pública ou privada) ou pelo Estado, é possível ver também qual percentual de alunos de cada instituição fez o Enem. Com base na mudança na divulgação dos dados realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que organiza o exame, também foi elaborado um ranking dos melhores e dos piores desempenhos de 4203 escolas.
Para evitar comparações entre instituições com níveis de participação muito diferentes, o iG optou por reunir na lista que leva em conta as médias totais dos alunos apenas os colégios com mais de 75% de alunos participantes. Aparecem sem conceito (S/C) na tabela as escolas que tiveram menos de 10 estudantes no Enem ou menos de 2% de taxa de participação.
“A preocupação dos técnicos do Inep era passar um dado sem tratamento à sociedade, que leva a erro. Recomendamos que não seja esse (a nota da escola no Enem) o único critério para que os pais escolham as escolas dos seus filhos. Embora seja um resultado importante, que qualquer um levaria em conta, a escola possui outras dimensões que não são avaliadas pela prova. Queremos (com a mudança de divulgação) agregar mais informação para que essa decisão seja tomada com mais cautela. É um subsídio a mais aos pais”, explica o ministro da Educação, Fernando Haddad.
A ex-presidente do Inep e ex-secretária da Educação de São Paulo Maria Helena Castro concorda com a preocupação: "A faixa que mostra escolas com mais de 75% de participação é a única que eu considero, do ponto de vista técnico, que possui critério adequado para avaliar as escolas".
Ranking tem novidades entre os 10 primeiros
Nesse ranking que exclui 19.697 escolas avaliadas aparecem entre as 10 primeiras algumas instituições já tradicionais no pelotão de frente do Enem. Em primeiro, está o Colégio São Bento, do Rio de Janeiro, que havia perdido a ponteira no ano passado para o agora terceiro colocado Vértice, de São Paulo. Em segundo lugar está o Instituto Dom Barreto, do Piauí, que havia aparecido em 3º no ranking de 2009. O Colégio Bernoulli (4º) e o Aplicação da UFV – Coluni (8º), ambos de Minas Gerais, também já ficavam entre os 10 dianteiros. São novidades no seleto grupo o Colégio Santo Antonio (MG), que passou da 17ª posição para a 5ª, o Cruzeiro-Centro, do Rio, que tinha a 24ª posição e agora conquistou a 6ª, o Educandário Maria Goretti, que passou do 20ª lugar para o 7ª este ano, o Santo Agostinho – NL, também do Rio, que estava em 22º e ocupa agora a 9ª posição, e o Colegium, de Minas, que está em 10º e era apenas o 98º em 2009.

Média de escolas sobre 10 pontos

A média nacional dos alunos concluíntes no exame de 2010 foi de 511,21, índice que representa aumento de 9,63 pontos em relação à nota de 2009 (501,58). A meta do País para alcançar nível de desempenho parecido com o de países desenvolvidos é atingir média 600, segundo Haddad. O valor também é usado como parâmetro pelo governo federal para distribuir bolsas de estudo no exterior no Programa Ciência Sem Fronteiras.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

COMBATENDO A INTOLERANCIA RELIGIOSA NO ACRE PDFImprimirE-mail Escrito por Tião Vitor (@tiaovitor) Ter, 13 de Setembro de 2011 20:13 AddThis Social Bookmark Button Terreiros poderão ter os mesmos benefícios das igrejas católicas e evangélicas / Foto: Blog Olhares (http://olhares.uol.com.br)Terreiros poderão ter os mesmos benefícios das igrejas católicas e evangélicas / Foto: Blog Olhares (http://olhares.uol.com.br) A Promotoria da Cidadania do Ministério Público Estadual (MPE) está dando um grande passo para combater a intolerância religiosa, principalmente contra aqueles que praticam cultos ligados às religiões afro, como o candomblé e a umbanda. A instituição quer garantir que os locais onde esses cultos se realizam, os chamados terreiros, sejam considerados templos religiosos, assim como as igrejas católicas e protestantes. A medida está sendo discutida com os interessados e com os representantes de cartórios, que são as instituições que vão fazer o registro legal dos templos. Além da regulamentação, um direito previsto na Constituição, os templos afro passarão a contar com as vantagens legais, como a isenção impostos que já acontece com as demais igrejas. Duas reuniões já foram realizadas, uma delas na manhã desta terça-feira, 13. Promotor Gláucio Oshiro está contribuindo para o registo dos terreiros no Estado / Foto: Wescley CameloPromotor Gláucio Oshiro está contribuindo para o registo dos terreiros no Estado / Foto: Wescley CameloO promotor de Justiça Gláucio Oshiro disse que a liberdade religiosa prescrita na Constituição de 1988, prevê uma imunidade aos templos. Todavia, os centros religiosos de raízes africanas não conseguem, ainda, preencher os requisitos legais para serem reconhecidos como templos. Isso, segundo ele, se dar em grande parte por falta de conhecimento maior sobre a legislação. “Por esse motivo, nós estamos articulando essa regulamentação e trouxemos para essa discussão os cartórios, pois são eles que vão proceder esse registro. Quando for feita essa regulamentação, eles passarão a gozar de todos os benefícios constitucionais”, afirmou o promotor. O presidente “Ser Negro”, José Rodrigues Arimateia, uma organização não-governamental que atua na promoção da cultura negra, no combate ao preconceito cultural e no combate à intolerância religiosa, disse que existem cerca de 50 casas de santo, os terreiros, em Rio Branco. Em todo o Estado, ele acredita que existam mais de trezentos. “Para se ter uma ideia, outro dia estivemos em Xapuri para realizar um encontro sobre o tema e encontramos por lá cerca de cinco casas que não tínhamos conhecimento. Arimateia lembrou que quase nenhuma dessas casa de santo do Estado tem o registro como templo. Ele argumenta que faz parte da liturgia das casas de santo, por exemplo, a realização de festas quando do nascimento de algum orixá. As festas, afirma ele, têm o sentido litúrgico, mas para realizá-las, é preciso que essas casa requeiram alvará específico tais quais os que os que são emitidos quando da realização de festa de entretenimento. “Nós queremos legalizá-las como templo para que o culto seja feito sem precisar dessas medidas, mas obedecendo todos os preceitos legais, como horário definido, lei do silêncio, entre outros. Nós não queremos passar por cima de nada disso”, garantiu o Arimateia. Outro benefício que pode ser requerido pelos templos religiosos afros é a isenção do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). “Têm searas de umbanda que funcionam há mais de 20 anos, onde os proprietários do imóvel pagam entre R$ 300 e R$ 500, mas que as casas valem muito menos que isso. O que queremos é que elas sejam isentas assim como as igrejas das diversas religiões que existem no Estado”, afirmou. Intolerância religiosa e preconceito Arimateia lembrou que a intolerância religiosa caminha lado a lado com o preconceito / Foto: Wescley CameloArimateia lembrou que a intolerância religiosa caminha lado a lado com o preconceito / Foto: Wescley CameloSobre a intolerância religiosa, o promotor Gláucio Oshiro afirmou que é praticamente impossível acabar com esse problema, haja vista a grande diversidade de religiões existente no Brasil é por ser este um país laico, ou seja, que não se define religiosamente por nenhuma crença. “O que visamos é tentar apreciar e averiguar todos os casos de intolerância que existem no Acre e, com base nesse levantamento, fazer um estudo sobre quais são as incidências maiores e quais são as maiores dificuldades dos centros de matrizes africanas para que nós consigamos fazer uma recomendação imediata e, caso essa medida não surta efeito, para que nós possamos tomar outras medidas jurisdicionais. Já Arimateia garante que essa intolerância e que o preconceito vem sendo construído pelo Estado há muitos séculos e que se mantém ativo na sociedade contemporânea. “Quando se fala de culto afro muita gente diz que é coisa relacionada com o diabo e isso se deve ao desconhecimento”, explica. Ele disse que o fato de muitas casas de santo funcionar em fundos de quintal se deve ao preconceito. “Os cultos, as festas e cerimônias tiveram que ser feitas escondidas por causa dessa intolerância e por causa do preconceito”, completou.