segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

BOM DEBATE ESSE...QUEM TOPA?

Negros que podem, negros que acham que podem e os negros empoderados
22 de novembro de 2013 51 Visualizações

O grande dilema das pessoas que atuam nos movimentos sociais negros brasileiros nas últimas décadas tem girado em torno da questão do poder, do exercício do poder constituído e de que tipo de “poder” estamos disputando. É em meio a essa discussão filosófica e discursiva que foi cunhado pela intelligentsiadesse movimento o termo “empoderamento”, largamente utilizado nas reuniões organizativas, nos momentos de formação e nos debates acalorados dos ativistas da causa negra.
DALMO OLIVEIRA
DALMO OLIVEIRA
De tanto ser usado e repetido, o neologismo politicamente correto já gerou até uma espécie de corruptela: o verbo “emponderar”. E assim o glossário militante afrobrasileiro vai se desdobrando entre erros, acertos e tentativas.
Interessa-nos discutir, nesse momento, a questão do poder e suas conseqüências. Numa sociedade onde o poder foi dado (ou conquistado) à uma elite não-negra, fundamentalmente eurodescendente, discutir a luta pelo poder na perspectiva da população negra deve ser um exercício cotidiano. Afinal, esse poder tem sido exercido à milênios por uma minoria autoritária, arrogante e violenta. Que faz de tudo para manter seus privilégios.
Então chegamos a uma primeira reflexão: poder e privilégios sociais são a mesma coisa? Porque, para o conceito de democracia, o poder constituído deveria ser exercido para o bem comum, para a coletividade, mas efetivamente, não é isso que ocorre. E o poder posto em prática pela minoria, na verdade, nega os direitos da maioria que é negra no Brasil.
Empoderar alguém, então, seria lhe dar poder, ou facilitar para que essa pessoa exerça o poder. Grosso modo, o movimento negro tem utilizado o neologismo para dizer que o cidadão empoderado é aquele que tem acesso às informações que lhe garantam a cidadania plena. Nesse sentido, um negro ou uma negra empoderada é aquela pessoa que conhece seus direitos, que consegue acessá-los e que tem condições de defendê-los em qualquer circunstância.
Uma pessoa empoderada é alguém no exercício pleno de sua cidadania. Não significa, necessariamente, que seja alguém que “tem poderes”. Ter poder, atualmente, em nossa sociedade capitalista, significa ter recursos financeiros, ou exercer um cargo de mando. O proprietário de uma fábrica tem poder de contratar e demitir pessoas. Um delegado da polícia tem o poder de prender e soltar alguém. O prefeito, governador ou presidente da República pode decidir mudanças importantes na vida de milhares de pessoas.
Mas como é que poderíamos analisar a discursividade sobre o empoderamento na perspectiva de uma “microfísica do poder”, na definição clássica de Michel Foucault. Para o filósofo francês, a principal questão envolvendo esse paradigma tem a ver com respostas à seguinte pergunta: “[...] quais são, em sem seus mecanismos, em seus efeitos, em suas relações, os diversos mecanismos de poder que se exercem a níveis diferentes da sociedade, em domínios e com extensões tão variados? [...] a análise do poder ou dos poderes pode ser, de uma maneira ou de outra, deduzida da economia?”.
Porque o exercício do poder nas situações mais cotidianas independe da questão financeira e do statuscapitalista. As hierarquias de poder perpassam quesitos como gênero, geracionalidade, etnorracialidade, pertença sócio-cultural etc. O fato é que levamos essas determinantes para os exercícios dos poderes constituídos, no ambiente de trabalho, nas relações amorosas, nas práticas sociais diversas.
Então a questão que se coloca hoje é de como os movimentos sociais negros deveriam empoderar seus militantes? Com quais objetivos e estratégias? Como a ancestral cultura africana pode nos ajudar a definir outras metodologias para a prática do poder? Como descentralizar e horizontalizar o exercício do comando? E como diferenciar o exercício do poder constituído e a práticas dos poderes orgânicos?
Na prática, empoderar deveria ser o fomento ao exercício coletivo dos poderes, a socialização das tecnologias sociais de poder. Empoderar, portanto, significaria preparar para a vida em coletividade, para o exercício da equidade e do igualitarismo, para o combate ao autoritarismo e às centralizações. Empoderar é distribuir atribuições e saberes, é coletivizar as decisões que terão impactos sobre a vida social. Empoderar é quebrar hierarquias, distribuir soluções e acertos.
FOPPIR vai realizar devoluta da 3ª CONAPIR

            O Fórum Paraibano de Promoção da Igualdade Racial (FOPPIR) realiza no dia 15 de dezembro, das 9 às 16 horas, no Ilê Axé Omidewá, no Valentina de Figueiredo, uma assembléia especial oferecendo aos seus integrantes e colaboradores uma devolutiva dos momentos e decisões mais importantes da 3ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), ocorrida entre os dias 5 e 8 desse mês em Brasília. “A idéia é que nossos delegados que estiveram na conferência façam relatórios orais para os demais companheiros e companheiras que não puderam ir. Também vamos discutir as estratégias que deveremos adotar aqui na Paraíba para colocar em prática as deliberações das conferências estadual e nacional. A reunião também terá espaço para socializarmos as publicações, vídeos e outros materiais que trouxemos de Brasília”, diz Dalmo Oliveira, um dos coordenadores da iniciativa. Os interessados em participar podem obter mais informações pelo fone 8897.1340.

NOSSA HOMENAGEM AO DIA DO SAMBA

NOSSA HOMENAGEM AO DIA DO SAMBA
LETRA E MUSICA: EUDMAR BASTOS E ANDERSON LIGUTH
TITULO: ALEGRIADO MEU SAMBA

O SAMBA É PAIXAO É O DIA A DIA
É AMOR É FILOSOFIA FORÇA QUE NOS CONTAGIA
QUANDO SE CANTA UM REFRAO
QUEM TEM PELO SAMBA AMOR E CARINHO
ACABA DANDO UM JEITINHO
DE PERTO DELE FICAR

E QUANDO TEM UMA RODA DE SAMBA
LUGAR DE ENCONTRO DE BAMBAS
QUE TEM A MAGIA NO AR
A GENTE OUTRA VEZ DA UM JEITO
PRA TUDO FICAR PERFEITO
E JUNTOS COMEMORAR

BRINDAR NO COMPASSO DESSA BATIDA
QUE NUNCA É REPETIDA E MARCA O TEU CORAÇÃO
VEM JUNTO COM TODA SUA ALEGRIA
PRO SAMBA QUE NOS CONTAGIA

BATENDO NA PALMA DA MAO

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Dia da Consciência Negra é celebrado na Rua da África

http://www.agencia.ac.gov.br/index.php/noticias/cultura/27570-dia-da-consciencia-negra-e-celebrado-na-rua-da-africa.html


Dia da Consciência Negra é celebrado na Rua da África

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O ato alcançou a sua 9ª edição, que acontece desde 2005, onde a sociedade civil e as intuições governamentais fortalecem as ações em prol da comunidade negra (Foto: Arison Jardim/Secom)
O ato alcançou a sua 9ª edição, que acontece desde 2005, onde a sociedade civil e as intuições governamentais fortalecem as ações em prol da comunidade negra (Foto: Arison Jardim/Secom)
A 9ª edição da Semana da Consciência Negra realizou no início da noite de quarta-feira, 20 de novembro, Kizomba “a festa da raça” em celebração ao dia consciência negra. O evento aconteceu na Rua da África, com atividades diversas como exposições, comidas típicas, artesanato e apresentações culturais do Grupo Que coisa é essa? , Tambores da Indústria, Tambô de Fulô, Korin-abê, Mocambo Hip Hop, Bloco Seis é Demais e o Clube do Samba.
Com o apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) em parceria com a Secretaria Municipal Adjunta de Promoção da Igualdade Racial (Seadpir) e ativista do movimento negro, o ato alcançou a sua 9ª edição, que acontece desde 2005, onde a sociedade civil e as intuições governamentais fortalecem as ações em prol da comunidade negra.
O titular da Sejudh, Nilson Mourão, declara que o país precisa permanentemente trabalhar a memória da dívida que temos com a com população negra, que tanto contribuiu na construção da nossa história. “Trabalhar para construir uma sociedade igualitária, sem racismo é o mínimo que podemos contribuir para reconhecer a força da nossa comunidade negra” afirma.
Lúcia Ribeiro, gestora da Seadpir, relembra o ideal de Zumbi dos Palmares, de obter igualdade, o respeito e liberdade para a população negra, porém a luta de Zumbi ainda continua, e a união do estado e da comunidade é o mecanismo fundamental para esta transformação.
“A luta por igualdade racial é constante, cheia de desafios, porém temos que registrar os avanços que aconteceram no nosso estado, como a criação de organismos governamentais, como a Sejudh e a Seadpir, conselhos municipais que tanto contribuem para fortalecimento do movimento negro” avalia.
O vice-prefeito de Rio Branco Márcio Batista explica que a criação da Seadpir é o reconhecimento do executivo municipal de que o preconceito existe e que precisa ser tratado através de políticas públicas que promovam a garantia de diretos para os negros da capital.
Marlúcia Cândida, primeira-dama do Estado afirma que o 20 de novembro fortalece a união dos povos, rompendo todas as barreiras do preconceito. “Nós somos um povo único, formado por brancos, negros, imigrantes e índios, e precisamos celebrar a nossa história a nossa cultura” fala.
Cultura
A festa teve participação de várias vertentes culturais (Foto: Arison Jardim/Secom)
A festa teve participação de várias vertentes culturais, na foto o Bloco 6 é D+ (Foto: Arison Jardim/Secom)
Com uma contribuição cultural da população negra para a formação da cultura acreana, através da música, dança, culinária, esporte e outras representações, o diretor-Presidente da Fundação Municipal de Cultura Garabaldi Brasil (FGB), Rodrigo Forneck relata o compromisso da Prefeitura de Rio Branco no apoio ao movimento cultural negro.
“A cultura Afro compõe fortemente as expressões culturais realizadas em Rio Branco, e renegar o valor e a dimensão cultural que compõe o dia da Consciência Negra seria um erro” comenta Forneck.
Para o músico Anderson Martins, componente do Clube do Samba do Acre, participar da “festa da raça”, traz um sentimento de pertencimento e de orgulho para os artistas produzirem o samba, uma expressão genuinamente negra e brasileira.
Religião
Uma marca da influência negra em nossa história está na religiosidade que os negros africanos trouxeram para a nossa realidade, apesar de toda a intolerância alimentada pelo preconceito e desconhecimento de suas origens e simbologia.
Eudmar Bastos, membro do Candomblé, Nação de Angola, explica que uma das formas mais fortes de resistência do povo negro à escravidão, foi através da sua religiosidade que tanto marca a raiz de sua identidade.
A Dança dos Orixás apresentou um pouco da cultura do Candomblé (Foto: Arison Jardim/Secom
A Dança dos Orixás apresentou um pouco da cultura do Candomblé (Foto: Arison Jardim/Secom)
Movimento Sindical
A professora Almerinda Cunha, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac) relata a contribuição dos sindicados do Acre para a discussão de gênero e raça para os seus associados.
“O movimento sindical lutou muito para que as políticas de igualdade social fossem discutidas no Acre, hoje tenho orgulho de ver as entidades e instituições discutindo uma bandeira de luta que vem das bases sociais” comenta.
Movimento Indígena
Ninawa Huni Kui , presidente da federação do povo Huni Kui do Acre aborda que a população negra quando chega em nosso país, a população indígena foi a única que recebeu o povo negro sem exploração e violência, convivendo com um troca de experiências e conhecimento.
“ O indígena foi quem ensinou o negro a conviver dentro da floresta, e neste exemplo histórico que  o movimento indígena anda ombro a ombro na luta com o movimento negro, mesmo cada um tendo suas especificidades” comenta.
A capoeira marcou presença com uma apresentação de Maculelê (Foto: Arison Jardim/Secom)
A capoeira marcou presença com uma apresentação de Maculelê (Foto: Arison Jardim/Secom)

sábado, 12 de outubro de 2013


EDITAL DE CONVOCAÇÃO


           A Comissão Organizadora, CONVOCA a quem interessado for, para participarem da Assembléia Geral que se realizará na estrada de Porto Acre, Km 11, ramal das Oliveiras, quadra 144 lote 01 , Rio Branco, Acre, CEP 69900-000, no dia 25/10/2013 às 20:30 horas para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:

1. Fundação da Tenda Espírita Pau D’arco e Aroeira 

2. Aprovação dos Estatuto Social;

3. Aprovação das atas de fundação, eleição e posse da Diretorias Executiva e do Conselho Fiscal;

4. Outros assuntos de interesse.

Rio Branco,/Acre, 09/10/2013


                                                          Comissão Organizadora



                                   EDITAL DE CONVOCAÇÃO

A Comissão Organizadora, CONVOCA a quem interessado for, para participarem da Assembléia Geral que se realizará na estrada de Porto Acre, Km 11, ramal das Oliveiras, quadra 144 lote 01 , Rio Branco, Acre, CEP 69900-000, no dia 25/10/2013 às 17:30 horas para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:

1. Fundação do Centro Cultural e de Convenções Benedito de Aruanda

2. Aprovação dos Estatuto Social;

3. Aprovação das atas de fundação, eleição e posse da Diretorias Executiva e do Conselho Fiscal;

4. Outros assuntos de interesse.


Rio Branco,/Acre, 09/10/2013

                                                     Comissão Organizadora




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Universal tem de devolver dinheiro para fiel arrependido 5 de fevereiro de 2013 - 4:11:48


Universal tem de devolver dinheiro para fiel arrependido
5 de fevereiro de 2013 - 4:11:48
A dignidade e o sustento da pessoa são bens jurídicos tutelados pelo lei. Com base nesse entendimento a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) foi condenada a devolver R$ 73 mil doados por uma fiel que posteriormente se arrependeu da doação. A decisão é da 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que manteve sentença da 9ª Vara Cível de Brasília. O valor deverá ser restituído atualizado monetariamente pelo INPC desde as datas das compensações dos cheques e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês. Os cheques foram compensados em dezembro de 2003 e janeiro de 2004, mas ela só entrou na Justiça, pedindo a nulidade da doação e a restituição do valor doado, em 2010.
De acordo com o processo, a fiel frequentava a Iurd, pagando seus dízimos em dia, mas, ao enfrentar um processo de separação judicial, sentiu-se fragilizada. Ela alegou ter sido induzida pelo pastor da igreja a aumentar suas contribuições. Ao receber uma alta quantia por um serviço, alega que passou a ser pressionada pelo pastor para doar toda a quantia que havia recebido.
Ela acabou doando dois cheques totalizando o valor de mais de R$ 74 mil. Pouco tempo depois, ao perceber que o pastor sumira da igreja, a fiel entrou em depressão, perdeu o emprego e ficou na miséria. Por isso, pediu a nulidade da doação e a restituição de todo o valor.
A Igreja, por sua vez, afirma que a fiel sempre foi empresária, que não ficou sem rendimentos em razão da doação, e que ela tinha capacidade de reflexão e discernimento para avaliar as vantagens de frequentar a Igreja e de fazer doações. Afirmou, ainda, que “a liturgia da Igreja baseia-se na tradição bíblica, ou seja, que é a Bíblia que prevê a oferenda a Deus em inúmeras passagens, destacando, na passagem da viúva pobre, que doar tirando do próprio sustento é um gesto de fé muito mais significativo”.
Ao condenar a Igreja Universal do Reino de Deus a restituir os valores doados, a juíza considerou que a fiel teve o seu sustento comprometido em razão da doação, até porque há testemunhos no processo de que houve carência de recursos até mesmo para alimentação. Segundo ela, a sobrevivência e a dignidade do doador é que são os bens jurídicos protegidos pelo artigo 548 do Código Civil (É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador).
A Igreja Universal do Reino de Deus recorreu, mas a sentença foi confirmada por unanimidade pela Segunda Instância, não cabendo mais recurso de mérito no TJ-DF. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-DF.
Processo: 2010011108554-4 APC
Fonte: Consultor Jurídico