Muitos não levam a serio os sacramentos do casamento na religião, na maioria por falta de orientações.
Simplesmente atribui o Catolicismo, um caráter oficial, no Candomblé também existe sacramentos do casamento legítimo reconhecido por lei. No entanto, a realidade é que poucos conhecem a Lei, sabem disso ou, se sabem, não atentam para a importância de seguir os sacramentos dentro da religião.
Seria isso um desprezo pela própria religião? Ou uma forma de minimizar a importância daquilo que escolheu para si e que deveria nortear sua vida?
Talvez nem uma coisa nem outra. O fato é que, por diversos motivos, muitos buscam em outras religiões, especialmente no Catolicismo, a oficialização de momentos importantes de suas vidas. É como se algumas situações exigissem o crivo católico, tradicional e bem quisto, para legitimar-se. É como se o Candomblé, apesar de toda a sua história de luta e resistência, não bastasse para sacramentar o casamento, momentos decisivos da vida de seus filhos no Santo. É como se o próprio Candomblecista não reconhecesse na religião a sua autoridade espiritual.
A realidade é que muitos segmentos da sociedade ainda enxergam o Candomblé como uma religião de pobres e desprovidos de cultura – puro preconceito – ou desconhecem nossa lei, do sacramento que facilmente encontrariam dentro da religião do Candomblé.
Porem, não condenar aquele que realiza o casamento em outra religião, justamente porque ainda existe esse preconceito em torno das religiões que possuem um de seus pilares na África.
Porem, não condenar aquele que realiza o casamento em outra religião, justamente porque ainda existe esse preconceito em torno das religiões que possuem um de seus pilares na África.
Ao final das contas, perante a sociedade que não tem conhecimentos que nossas leis são as mesmas de outras religiões, é como se o casamento não tivesse acontecido, por isso é compreensível que as pessoas, mesmo se dizendo Candomblecista, procurem realizar seus casamentos dentro daquelas religiões que são, na realidade, mais aceitas pela sociedade. Que assim sendo, necessita daquilo que é cobrado informalmente pela sociedade, e não daquilo que o coração e alma pedem.
Já é passado do momento de todos Dirigentes assumir sua religião em toda plenitude que ela pede e merece, fazendo valer os sacramentos, liturgias e tradições que a caracterizam. Embora seja sabido que a sociedade ainda possui fortes raízes no catolicismo (mesmo aqueles que não se declaram católicos), é importante ao Candomblecista fazer do Candomblé a sua filosofia de vida, sem medo, na defesa do respeito que tanto clamamos por anos e anos.
Junior do Ogum
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