terça-feira, 30 de novembro de 2010

UMA PROPOSTA DE TRABALHO - CULTURA AFRO BRASILEIRA

Titúlo: “Cultura Afro-Brasileira – Para conhecer, apreciar e produzir Arte.”
2- Eixo temático II – Conhecimento e Expressão em Artes Visuais
RESUMO
DO TRABALHO (máximo de cinco linhas)
3- Tema 6: Movimentos artísticos em Artes Visuais em Diferentes Épocas e diferentes Culturas: Relações entre as Artes Visuais, seu Contesto na História da Humanidade.
A proposta foi desenvolvida pensando na temática da valorização da cultura Afro-Brasileira, onde através de oficinas realizadas durante todo o projeto, abordarão a temática. Serão realizadas oficinas de xilogravura, pintura e escultura, possibilitando que os alunos interajam com materiais artísticos diversificados, para que assim criem belas obras e possam principalmente perceber  e valorizar a Arte, e a cultura afro brasileira.

INTRODUÇÃO
       Temos no Brasil uma grande diversidade cultural, rica pelas suas formas, cores, texturas, sons e movimentos. Neste sentido, a Arte se faz presente, sendo assim necessário que haja uma valorização para com a mesma. E falando em cultura, temos ainda diversos estilos brasileiros de Arte, onde destacamos a Arte Afro-Brasileira.
        Pela riqueza de suas cores e formas, e principalmente de seu povo, torna-se necessário que façamos um trabalho juntamente a escola para que assim crie-se uma valorização e uma percepção da sua Arte através de oficinas e trabalhos que abordem tal temática.
OBJETIVOS
-       Abordar a temática da cultura afro brasileira em oficinas de Arte.
-       Interagir com materiais artísticos diversos.
-       Confeccionar mandalas, máscaras e xilogravuras (“carimbos de impressão”) com o tema afro a partir das oficinas.
-       Valorizar a cultura afro - brasileira a partir da reflexão e do fazer artístico.
-       Entender que a relação entre as obras de artes das diferentes épocas históricas não se dá somente por linearidade, mas pela herança cultural e pelo contexto atual.

METODOLOGIA

     A proposta se desenvolverá a partir da realização de três oficinas (uma para cada aula) com atividades que abordem a temática da cultura afro – brasileira. Cada oficina (uma de mandala, uma de xilogravura, uma de máscara) abordará uma técnica diferente, sendo esta monitorada por um professor orientador e desenvolvida por cada aluno individualmente.
O objetivo é que cada aluno vivencie o seu fazer artístico, sem deixar de levar em consideração as produções dos colegas. É importante que os alunos compreendam a importância de tal cultura e da capacidade que cada aluno possui de criar. Assim, construiremos mandalas, xilogravuras e máscaras com tema afro.


INFRA-ESTRUTURA NECESSÁRIA
(de responsabilidade de professor orientador do grupo)

Para a oficina de MANDALAS:
Tinta Látex Branca
Pigmentos xadrez (cores: amarelo, laranja, ocre, marrom e rosa)
30 Pincéis de pintura
Bacias para água
Jornal
Compassos
Lápis nº 02


Para a oficina de MÁSCARAS:
20 Telhas
Jornal
Argila
Bacias para água

Para a oficina de XILOGRAVURA (CARIMBOS)
Rolos de PVC
20 Tesouras

INFRA-ESTRUTURA NECESSÁRIA
 (de responsabilidade da Escola: ponto de água, energia, internet, etc.)

Para a oficina de MANDALAS:
20 mesas (para uso individual)
Água
20 folhas de papel cartão BRANCO (se não, cor mais clara)  
20 réguas


Para a oficina de MÁSCARAS:
Um vidro (grande) de Cola
Papel Higiênico (três pacotes)

Para a oficina de XILOGRAVURA (CARIMBO)
Dois potes de tinta nanquim preta
25 folhas de papel colorsete (em cores variadas)
Um pacote de EVA (qualquer cor)

O FARAÓ NEGRO: PIANKHY E A REUNIFICAÇÃO DO EGITO


JACQ, Christian. O Faraó Negro. Tradução de Maria D. Alexandre. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

PIANKHY E A REUNIFICAÇÃO DO EGITO

Christian Jacq é um egiptólogo e romancista francês, autor de obras de grande sucesso no Brasil e no mundo. Suas histórias, que prendem o leitor por serem recheadas de amor e aventura, são baseadas em fatos históricos embasados em pesquisas empreendidas com documentação produzida na época em que se passam os eventos narrados pelo enredo.
No livro O Faraó Negro, Jacq narra a aventura empreendida por Piankhy, um rei de origem núbia1, para unificar o Egito sob o poder um único governante. A história é baseada, segundo informa o próprio autor, em um grande monumento sobrevivente do reinado de Piankhy, uma estela que narra o processo de unificação das Duas Terras nas palavras do próprio faraó. Tal monumento foi descoberto no século XIX, por um oficial egípcio do governo sudanês, próximo ao local onde se localizava a cidade de Napata, a antiga capital do reino núbio.
É interessante observar que os fatos narrados no livro, que muitas vezes parecem fantasiosos pela entonação dada pelo autor, estão descritos tal e qual aparecem no documento original. Piankhy foi um rei que tentou restaurar a antiga grandeza do Egito, tal como narrado por Christian Jacq. Em cada uma das cidades que recuperava das mãos de Tefnakt, rei da dinastia saíta2, Piankhy primeiro fazia uma oferenda aos deuses e só após este ato começava a pensar sobre qual seria seu próximo passo.
No livro, a história começa com a descrição de um dos ataques empreendidos por Tefnakt a um povoado da região de Heracleópolis, no Médio Egito. Seu exército ataca sem pena, pisoteando e matando crianças e idosos que estão em seu caminho. Observamos aqui uma característica dos documentos escritos egípcios: o inimigo é sempre visto como uma representação do deus Seth, que simbolizava o caos, enquanto o faraó é visto como Osíris, seu irmão, em sua origem um deus civilizador.
Paralelamente temos uma visualização da paisagem da Núbia, próximo à montanha sagrada de Gebel Barkal, em meio à qual um monumento está sendo erigido. Um dos operários quer ver mais de perto o brilho do ouro que o recobre, quando se desequilibra e é salvo da morte pelo próprio Piankhy. Aqui é importante observar que a partir da XVIII Dinastia a Núbia era chamada de “o país do ouro de Amon” e isto fica bem marcado nesta passagem. O faraó deseja que o brilho do ouro seja visto a uma grande distância para relembrar a riqueza da terra da Núbia, e por isso o monumento é recoberto com o precioso metal.
Piankhy é informado por seu escriba real, Cabeça Fria – cujo nome tem mais a ver com seu comportamento, pois não se trata de um nome egípcio – que Tefnakt empreendeu o ataque à Colina dos Passarinhos. O faraó pensa, a princípio, que se trata apenas de mais uma das tentativas de governantes do Norte conquistarem o Sul do Egito. As reunificações ocorridas ao longo da história do Egito antigo sempre ocorreram no sentido Sul-Norte, ou seja, governantes partindo de Tebas conquistaram as regiões mais ao norte, até alcançar o delta. Partindo deste histórico, é fácil imaginar o porquê de Piankhy ter pensado desta maneira.
A situação, porém, era diferente. Tefnakt estava determinado a se tornar rei do Alto e do Baixo Egito, e não mediria esforços para isso. Sua intenção era clara: conquistar todo o Médio Egito e depois partir para Tebas, a capital religiosa do Egito, controlada a partir do templo de Karnak pela Divina Adoradora de Amon, guardiã da principal divindade egípcia. Com o controle desta cidade, poderia então se considerar o rei das Duas Terras. Piankhy, então, parte para proteger a cidade de Amon e recuperar o poder sobre o Médio Egito. Após reconquistar Hermópolis e Heracleópolis, o faraó negro, usando de estratégia, conquista cidades antes controladas por Tefnakt e se firma, enfim, como único governante do Egito.
O trajeto de Piankhy é narrado por Christian Jacq conforme consta na estela que narra a reunificação do Egito pelo faraó núbio. No entanto, a narrativa de Jacq é permeada por personagens secundários que dão um melhor ritmo à história, que se torna fácil e prazerosa para a leitura. Personagens femininas, a exemplo, recheiam o enredo com romance, ao mesmo tempo em que coadjuvantes masculinos criam intrigas que aumentam o suspense e a aventura. Assim como acontece com os outros romances históricos do autor, este cria entre os leitores uma atmosfera benéfica para a divulgação da história do Egito antigo e sua leitura atenta pode resultar, inclusive, no aumento do número de pesquisadores desta cultura.


Liliane Cristina Coelho
Mestre em História Antiga pela Universidade Federal Fluminense

O FARAÓ NEGRO: PIANKHY E A REUNIFICAÇÃO DO EGITO

JACQ, Christian. O Faraó Negro. Tradução de Maria D. Alexandre. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.


PIANKHY E A REUNIFICAÇÃO DO EGITO


Christian Jacq é um egiptólogo e romancista francês, autor de obras de grande sucesso no Brasil e no mundo. Suas histórias, que prendem o leitor por serem recheadas de amor e aventura, são baseadas em fatos históricos embasados em pesquisas empreendidas com documentação produzida na época em que se passam os eventos narrados pelo enredo.
No livro O Faraó Negro, Jacq narra a aventura empreendida por Piankhy, um rei de origem núbia1, para unificar o Egito sob o poder um único governante. A história é baseada, segundo informa o próprio autor, em um grande monumento sobrevivente do reinado de Piankhy, uma estela que narra o processo de unificação das Duas Terras nas palavras do próprio faraó. Tal monumento foi descoberto no século XIX, por um oficial egípcio do governo sudanês, próximo ao local onde se localizava a cidade de Napata, a antiga capital do reino núbio.
É interessante observar que os fatos narrados no livro, que muitas vezes parecem fantasiosos pela entonação dada pelo autor, estão descritos tal e qual aparecem no documento original. Piankhy foi um rei que tentou restaurar a antiga grandeza do Egito, tal como narrado por Christian Jacq. Em cada uma das cidades que recuperava das mãos de Tefnakt, rei da dinastia saíta2, Piankhy primeiro fazia uma oferenda aos deuses e só após este ato começava a pensar sobre qual seria seu próximo passo.
No livro, a história começa com a descrição de um dos ataques empreendidos por Tefnakt a um povoado da região de Heracleópolis, no Médio Egito. Seu exército ataca sem pena, pisoteando e matando crianças e idosos que estão em seu caminho. Observamos aqui uma característica dos documentos escritos egípcios: o inimigo é sempre visto como uma representação do deus Seth, que simbolizava o caos, enquanto o faraó é visto como Osíris, seu irmão, em sua origem um deus civilizador.
Paralelamente temos uma visualização da paisagem da Núbia, próximo à montanha sagrada de Gebel Barkal, em meio à qual um monumento está sendo erigido. Um dos operários quer ver mais de perto o brilho do ouro que o recobre, quando se desequilibra e é salvo da morte pelo próprio Piankhy. Aqui é importante observar que a partir da XVIII Dinastia a Núbia era chamada de “o país do ouro de Amon” e isto fica bem marcado nesta passagem. O faraó deseja que o brilho do ouro seja visto a uma grande distância para relembrar a riqueza da terra da Núbia, e por isso o monumento é recoberto com o precioso metal.
Piankhy é informado por seu escriba real, Cabeça Fria – cujo nome tem mais a ver com seu comportamento, pois não se trata de um nome egípcio – que Tefnakt empreendeu o ataque à Colina dos Passarinhos. O faraó pensa, a princípio, que se trata apenas de mais uma das tentativas de governantes do Norte conquistarem o Sul do Egito. As reunificações ocorridas ao longo da história do Egito antigo sempre ocorreram no sentido Sul-Norte, ou seja, governantes partindo de Tebas conquistaram as regiões mais ao norte, até alcançar o delta. Partindo deste histórico, é fácil imaginar o porquê de Piankhy ter pensado desta maneira.
A situação, porém, era diferente. Tefnakt estava determinado a se tornar rei do Alto e do Baixo Egito, e não mediria esforços para isso. Sua intenção era clara: conquistar todo o Médio Egito e depois partir para Tebas, a capital religiosa do Egito, controlada a partir do templo de Karnak pela Divina Adoradora de Amon, guardiã da principal divindade egípcia. Com o controle desta cidade, poderia então se considerar o rei das Duas Terras. Piankhy, então, parte para proteger a cidade de Amon e recuperar o poder sobre o Médio Egito. Após reconquistar Hermópolis e Heracleópolis, o faraó negro, usando de estratégia, conquista cidades antes controladas por Tefnakt e se firma, enfim, como único governante do Egito.
O trajeto de Piankhy é narrado por Christian Jacq conforme consta na estela que narra a reunificação do Egito pelo faraó núbio. No entanto, a narrativa de Jacq é permeada por personagens secundários que dão um melhor ritmo à história, que se torna fácil e prazerosa para a leitura. Personagens femininas, a exemplo, recheiam o enredo com romance, ao mesmo tempo em que coadjuvantes masculinos criam intrigas que aumentam o suspense e a aventura. Assim como acontece com os outros romances históricos do autor, este cria entre os leitores uma atmosfera benéfica para a divulgação da história do Egito antigo e sua leitura atenta pode resultar, inclusive, no aumento do número de pesquisadores desta cultura.




Liliane Cristina Coelho
Mestre em História Antiga pela Universidade Federal Fluminense

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SOMOS NEGROS SIM. E DAI?

Vale reler esse texto de minha autoria publicado no overmundo no ano de 2008. faço uma reflexáo do que é ser negro e o que queremos, alem do que somos....axé
SOMOS NEGROS SIM, E DAÍ.....axé....
1cernegroacre · Rio Branco, AC
4/1/2008 · 29 · 1
SOMOS NEGROS SIM, E DAÍ.....
Estamos na semana da consciência negra, e vale algumas reflexões em varias vertentes. Uma delas é com relação à concepção do que é ser negro, será que ser negro é ter a pele preta ou cometer erros e responder pela coletividade? Será que é ter sua luta pautada pela ancestralidade ou será que é não ter a mínima condição de sobreviver em sua maioria? Será que tem haver com presença maciça nos presídios ou estar sempre nos fundos das lojas porque se não compromete a linha de frente? E alguns outros questionamentos.
Quero dizer parafraseando o grande poeta do samba Jorge Aragão, “que não tem nada haver com a cor alguém sambar, porem, tem tudo haver com a cor saber gingar”. O povo negro não é escravo e nunca foi, pois, e desta sim, copiando meu irmão José Arimatéia que já pegou um gancho da amiga Nina Porto, eu não conheço nenhum País chamado Escravolandia. Somos descendentes de Africanos sim e com muito orgulho, fomos escravizados sim e lutamos até hoje pela nossa libertação, mas, não de nossos corpos e muito menos das nossas mentes, lutamos pela libertação de nossos direitos que foram surrupiados na maior “cara de pau” por políticas publicas do Estado Brasileiro.
Hoje esse mesmo Estado Brasileiro está tentando reverter o quadro através de políticas publicas voltada para a construção da igualdade racial, porem, ainda é muito pouco pelo que nos foi roubado, pelo que o nosso povo sofreu, pelas mães negras que tiveram seus filhos arrancados dos seus seios e alguns até de seus ventres, pelos príncipes, princesas, rainhas e reis que foram sacados sem nenhum consentimento da sua mãe África.
Participando desta luta pelo País, nós vemos vários tipos de quilombos contemporâneos, com um tipo de luta diferente dos primeiros Quilombos, porem, não podemos esquecer nesta luta a forma com que Zumbi dos Palmares fez para conseguir enfrentar a tudo que passou, não devemos esquecer nunca da nossa ancestralidade, da inteligência negra de aprender com outros segredos importantes e de nunca desistir da luta que nos cerca a todo o momento.
Somos heróis sim e protegidos por nossos Orixás, Voduns e Inkices, por nossos mais velhos, e é maravilhosa a nossa beleza, nossa manha, inteligência, virtude, a nossa garra, a nossa vontade de sobreviver e ser feliz. Ser negro é sinônimo de luta e esperança de um dia sermos libertos de verdade. Não queremos nada que não seja nosso, só queremos o que é nosso de direito.
Mais uma vez citando o poeta Aragão, “se você me respeita, pode até me chamar de pretinho, neguinho e coisa e tal” axé para todos e todas e viva Zumbi dos Palmares.

Eudmar Bastos – Militante do Movimento Negro pela ONG CERNEGRO/ACRE – Centro de Estudos e Referência da Cultura Afro-Brasileira do Acre, Ogãn da Nação de Angola e acadêmico de História pela UFAC.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

VAMOS FALAR SOBRE MACUMBA... O QUE É MACUMBA MESMO?

Macumba
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Macumba
(mudar foto)

Macumba

A primeira definição de Macumba que se encontra em qualquer dicionário é de: antigo instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um som de rapa (rascante); e Macumbeiro é o tocador desse instrumento.
O conceito da macumba está tão arraigado na cultura popular brasileira, que são comuns expressões como "xô macumba" e "chuta que é macumba" para demonstrar desagrado com a má sorte. As superstições nesse sentido são tão grandes, que até mesmo para a Copa do Mundo foram criados sites para espantar oazar. São também muito comuns amuletos que vão desde adereços até objetos que remetem aos utilizados nos cultos religiosos.
Popularmente, a palavra macumba é utilizada para designar genericamente os cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades dos povos africanos trazidos ao Brasil como escravos, tais como os bantos, como o candomblé e a umbanda.
Entretanto, ainda que macumba seja confundida com o candomblé e a umbanda, os praticantes e seguidores dessas religiões recusam o uso da palavra para designá-las.
Outras acepções para o termo macumba são:
§  Macumba, na acepção popular do vocábulo, é mais ligada ao emprego do ebó, feitiço, "despacho", coisa-feita, mironga, mandinga, muamba;
§  Palavra usada no sentido pejorativo para se referir ao candomblé ou à umbanda;
§  Diz-se mais comumente macumba que candomblé, no Rio de Janeiro, e mais candomblé do que macumba, na Bahia.
Câmara Cascudo: "Ainda ao tempo das reportagens de João do Rio os cultos de origens africanas no Rio de Janeiro chamavam-se, coletivamente, candomblés, como na Bahia, reconhecendo-se contudo, duas seções principais: os orixás dos cultos nagôs e os alufás dos cultos muçulmanos (malês) trazidos pelos escravos. Mais tarde o termo genérico 'macumba', foi substituído por Umbanda. Meio século após a publicação de 'As Religiões do Rio', estão inteiramente perdidas
as tradições malês e em geral os cultos, abertos a todas as influências, se dividem em terreiros (cultos nagôs) e tendas.
No livro de 1904 As Religiões no Rio Paulo Barreto, sob o pseudônimo de João do Rio escreveu: “Vivemos na dependência do feitiço, dessa caterva de negros e negras de babaloxás e yauô, somos nós que lhes asseguramos a existência, com o carinho de um negociante por uma amante atriz. O feitiço é o nosso vício,mas o nosso gozo, a degeneração. Exige, damos-lhe; explora, deixamo-nos explorar e, seja ele maitre-chanteur, assassino, larápio, fica sempre impune e forte pela vida que lhe empresta o nosso dinheiro.” Macumba era definida por toda e qualquer manifestação mediúnica de curandeiros, pais-de-santo, feiticeiros, charlatões, e todos aqueles que se dispunham a intervir junto às forças invisíveis do além apenas em troca de dinheiro e poder. Ver:marmoteiro.
Prandi, 1991 "E a macumba carioca, portanto, pode bem ter se organizado como culto religioso na virada do século, como aconteceu também na Bahia. Não vejo, pois, razão para pensá-la como simples resultante de um processo de degradação desse candomblé visto no Rio no fim do século por João do Rio, essa macumba sempre descrita como feitiçaria, isto é, prática de manipulação religiosa por indivíduos isoladamente, numa total ausência de comunidades de culto organizadas.Arthur Ramos fala de um culto de origem banto no Rio de Janeiro na primeira metade do século, cultuando orixás assimilados dos nagôs, com organização própria, com a possessão de espíritos desencarnados que, no Brasil, reproduziram ou substituíram, por razões óbvias, a antiga tradição banto de culto aos antepassados (Ramos, 1943, v.1, cap. XVIII). São cultos muito assemelhados aos candomblés angola e de caboclos da Bahia, registrados por Edison Carneiro, que já os tratava como formas degeneradas (Carneiro, 1937. Para uma análise atual da questão da pureza nagô, ver Beatriz Góis Dantas, 1982 e 1988)."

AXÉ É FORÇA VITAL

Axé é força vital, energia, princípio da vida, força sagrada dos orixás. Axé é o nome que se dá às partes dos animais que contêm essas forças da natureza viva, que também estão nas folhas, sementes e nos frutos sagrados. Axé é bênção, cumprimento, votos de boa-sorte e sinônimo de Amém. Axé é poder. Axé é o conjunto material de objetos que representam os deuses quando estes são assentados, fixados nos seus altares particulares para ser cultuados. São as pedras e os ferros dos orixás, suas representações materiais, símbolos de uma sacralidade tangível e imediata. Axé é carisma, é sabedoria nas coisas-do-santo, é senioridade. Axé se tem, se usa, se gasta, se repõe, se acumula. Axé é origem, é a raiz que vem dos antepassados, é a comunidade do terreiro. Os grandes portadores de axé, que são as veneráveis mães e os veneráveis pais-de-santo, podem transmitir axé pela imposição das mãos; pela saliva, que com a palavra sai da boca; pelo suor do rosto, que os velhos orixás em transe limpam de sua testa com as mãos e, carinhosamente, esfregam nas faces dos filhos prediletos. Axé se ganha e se perde.
(Extraído de Reginaldo Prandi, Os candomblés de São Paulo.)

CURRÍCULO RESUMIDO

EUDMAR NUNES BASTOS
Rua da Manga,71,apto 04, Mocinha Magalhães, Distrito Industrial - Rio Branco – Acre
CEP: 69.900-000
Tel: (068) 3229-2063/9229-6281
      e-mail: eudmarbastos@gmail.com

EUDMAR NUNES BASTOS
Rua da Manga,71,apto 04, Mocinha Magalhães, Distrito Industrial - Rio Branco – Acre
CEP: 69.900-000
Tel: (068) 3225-0970/9982-3427 /9229-6281
e-mail: cernegroacre@gmail.com

Licenciado em História pela UFAC, e cursando 6º período de Historia Bacharelado pela Universidade Federal do Acre (UFAC), educador social, músico percussionista, com vinte anos de experiência, diretor e produtor musical de samba, pesquisador e atuante na área de Cultura Afro-Brasileira há mais de vinte e dois anos, sócio-fundador do grupo afro Agdbara Dudu, Rio de Janeiro/RJ. Professor do curso de formação de agentes comunitários em direitos humanos oferecido pela SEJUDH, Co-autor em diversos projetos de fortalecimento da identidade da população afro-descendente na Região Norte, participante ativo do movimento social, participou como pesquisador no levantamento da situação da população negra no Acre, musico atuante no cenário em diversos gêneros musicais com ênfase no gênero samba, como diretor musical de diversos grupo na cidade de Rio Branco, compositor, diretor de bateria da Escola de Samba Repiquete do Distrito Industrial, participante da fase de pré-produção local da mini-série Amazônia como auxiliar na escolha dos figurantes, e outros. Trabalhou como diretor e editor de tele-jornalismo e radialista. Integrante da equipe de elaboração da I Conferência Municipal de Cultura de Rio Branco Acre, integrante da equipe de elaboração do Sistema Municipal de Cultura, alem de integrante da equipe do Cadastro Cultural do Estado do Acre. Trabalhei como gestor no cargo de técnico em Acervo da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil de Rio Branco, Acre. Assessoria ao Projeto Território da Cidadania Acre pelo SEBRAE, Atualmente estou trabalhando como Gestor de projetos da ONG CERNEGROACRE.


1- Formação Acadêmica

• Licenciado em Historia Licenciatura Plena pela
Universidade Federal do Acre (UFAC) – 2011
• Graduando do curso de Historia Bacharelado
Universidade Federal do Acre (UFAC) - 2008
• Acadêmico do curso de Gestão de Negócios de Pequeno e Médio Porte
(Tecnólogo) - Faculdade Internacional de Curitiba - FACINTER - 2006

2- Experiência Profissional

• Professor no curso de formação de agentes comunitários em direitos humanos – SEJUDH - 2009, 2010
• Professor no curso de cultura afro ofertado pela CERNEGRO – 2008, 2009, 2010
• Professor do núcleo de estado e classe do PC do B 2009, 2010, 2011
• Conselheiro suplente do conselho estadual dos direitos da mulher 2011 – 2013
• Conselheiro suplente do conselho estadual de segurança alimentar
• Conselheiro titular da câmara de cultura afro do município de rio branco 2011 2013
• Conselheiro titular do conselho universitário da UFAC 2011 2013
• Membro da comissão de avaliação da lei de incentivo estadual, e municipal 2009, 2010, 2011
• Membro da comissão de avaliação do fundo municipal de cultura de rio branco 2009, 2010 2011
• Conselheiro titular do conselho de cultura estadual 2011 -2014
• Assessoria no Projeto Território da Cidadania Acre – SEBRAE – 2009
• Membro da comissão que efetuou o Cadastro Cultural do acre – 2008/2009
• Prefeitura Municipal de Rio Branco. Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil.
Função:técnico em acervo. 2007
• Membro da Comissão Nacional do Conselho Nacional de Entidades Negras – CONEN. 2007
• Assessor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em transporte Coletivo e Cargas do Acre. 2006
• Diretor Executivo do Centro de Estudos e Referência da Cultura Afro-Brasileira do Acre – CERNEGRO. 2005
• Radialista na Rádio FM 94,3 em Rio Branco Acre. 2004
• Diretor e Editor-chefe de telejornalismo da TV 40 do Município de Senador Guiomar. 2003
• Diretor e Produtor Musical de shows e promotor de eventos. Desde 1992

5- Cursos, Seminários, projetos e conferências

• III Conferência Estadual de Segurança Alimentar do CONSEA - 2011
• II Conferencia Estadual dos Direitos da Mulher – 2011 - Ac
• Curso de Cultura e Cidade – Fundacao Joaquim Nabuco - 2011
• Repasse de gestão da produção cultural – Ale Barreto - 2009
• Repasse de Empreendedorismo Cultural – SEBRAE - 2009
• I Fórum Social Acreano (participante e palestrante) - 2009
• II Conferencia Nacional de Promoção da Igualdade Racial - 2009
• Conferencia Regional de Segurança Alimentar - 2009
• Curso de Gestão em Segurança Publica - 2009
• Curso de Formação Política - 2009
• I Conferência Regional de promoção da Igualdade Racial - 2009
• II Conferência Estadual de promoção da Igualdade Racial - 2009
• I Seminário Sobre Saúde da Mulher CEDIM - 2009
• Cadastro Cultural – 2007/2008
• I Seminário de Linguagem e Identidade UFAC - 2008
• Curso de Metodologia Aplicada a Cultura do SEBRAE - 2008
• Conferencia Estadual de Direitos Humanos - 2008
• XXIII Conferencia Nacional de Direitos Humanos - 2008
• I Conferencia Municipal de Cultura de Rio Branco, AC - 2007
• I Encontro Internacional da Diáspora Africana – UNIR/PVH - 2007
• Seminário Regional de Religiosidade de Matrizes Africanas - 2007
• II Conferência Estadual de Segurança Alimentar do CONSEA - 2007
• II Conferência Nacional de Segurança Alimentar do CONSEA - 2007
• II Congresso Nacional de Negras e Negras do Brasil. - 2007
• Seminário de música Itaú Cultural - 2007
• Fórum preparatório da II Conferencia Nacional de Cultura Popular
• Projeto Marcha Zumbi +10 Porto Velho/RO - 2006
• Projeto Semana da Consciência Negra - 2006
• II Conferência Estadual de Cultura Popular - 2006
• II Conferência Nacional de Cultura Popular - 2006
• I Seminário do Imaginário Amazônico Porto Velho/RO - 2005
• I Conferência Estadual de Cultura - 2005
• I Conferência Estadual de promoção da Igualdade Racial - 2005
• I Conferência Nacional de promoção da Igualdade Racial - 2005
• Fórum preparatório para a I Conferencia Municipal de Cultura de Rio Branco, AC - 2005
• II Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente.

- 1998 ORI LO NDA ENI ESI ONDAYE ORISA LO NPA ENI DA O NPA ORISA DA ORISA LO PA NIDA BI ISU WON SUN AYÉ MA PA TEMI DA KI ORI MI MA SE ORI KI ORI MI MA GBA ABODI 




TRADUÇÃO ORI é o criador de todas as coisas ORI é que faz tudo acontecer, antes da vida começar É ORISA que pode mudar o homem Ninguém consegue mudar ORISA ORISA que muda a vida do homem como inhame assado AYÉ*, não mude o meu destino Para que o meu ORI não deixe que as pessoas me desrespeitem Que o meu ORI não me deixe ser desrespeitado por ninguém Meu ORI, não aceite o mal.

CASAMENTO NO CANDOMBLÉ SÃO DE DIREITOS

Muitos não levam a serio os sacramentos do casamento na religião, na maioria por falta de orientações.
Simplesmente atribui o Catolicismo, um caráter oficial, no Candomblé também existe sacramentos do casamento legítimo reconhecido por lei. No entanto, a realidade é que poucos conhecem a Lei, sabem disso ou, se sabem, não atentam para a importância de seguir os sacramentos dentro da religião.
Seria isso um desprezo pela própria religião? Ou uma forma de minimizar a importância daquilo que escolheu para si e que deveria nortear sua vida?
Talvez nem uma coisa nem outra. O fato é que, por diversos motivos, muitos buscam em outras religiões, especialmente no Catolicismo, a oficialização de momentos importantes de suas vidas. É como se algumas situações exigissem o crivo católico, tradicional e bem quisto, para legitimar-se. É como se o Candomblé, apesar de toda a sua história de luta e resistência, não bastasse para sacramentar o casamento, momentos decisivos da vida de seus filhos no Santo. É como se o próprio Candomblecista não reconhecesse na religião a sua autoridade espiritual.   

A realidade é que muitos segmentos da sociedade ainda enxergam o Candomblé como uma religião de pobres e desprovidos de cultura – puro preconceito – ou desconhecem nossa lei, do sacramento que facilmente encontrariam dentro da religião do Candomblé.
Porem, não condenar aquele que realiza o casamento em outra religião, justamente porque ainda existe esse preconceito em torno das religiões que possuem um de seus pilares na África.
Ao final das contas, perante a sociedade que não tem conhecimentos que nossas leis são as mesmas de outras religiões, é como se o casamento não tivesse acontecido, por isso é compreensível que as pessoas, mesmo se dizendo Candomblecista, procurem realizar seus casamentos dentro daquelas religiões que são, na realidade, mais aceitas pela sociedade. Que assim sendo, necessita daquilo que é cobrado informalmente pela sociedade, e não daquilo que o coração e alma pedem.
Já é passado do momento de todos Dirigentes assumir sua religião em toda plenitude que ela pede e merece, fazendo valer os sacramentos, liturgias e tradições que a caracterizam. Embora seja sabido que a sociedade ainda possui fortes raízes no catolicismo (mesmo aqueles que não se declaram católicos), é importante ao Candomblecista fazer do Candomblé a sua filosofia de vida, sem medo, na defesa do respeito que tanto clamamos por anos e anos.
Junior do Ogum

FAMÍLIA RELIGIOSA

Agradecimento aos Ylês presente
Dos Ylês, os Dirigentes conscientes e com responsabilidade dirigem suas casas, e orienta seus seguidores.
Temos sempre em nossos corações que somos uma família, e devemos crescer. Os adeptos vêm aos Ylês, na procura de sanar suas dúvidas e se ajustarem, e o bom atendimento farão deles nossos irmãos na fé, pensando assim a família mesmo que não seja Candomblecistas, também faz parte da nossa.
Ser Candomblecista com ética e responsabilidade é nosso dever, não prometemos o impossível, pois sabemos não sermos capazes de realizar. Não criamos falsas ilusões que venham mais tarde se tornarem verdadeiras decepções.
O Candomblé é uma religião de fé, amor, onde temos um caminho tortuoso, mas gratificante pela beleza de nossos Orixás, que trazem com eles o ensinamento da natureza Divina.
Ylê de Odè Leci
Yalorixá Rose de Odè – Itanhaém – SP.
Dibuba Ylê de Oxum Opara Olapandede
Yalorixá Mutaleci – São Paulo - SP.

A CULTURA BRASILEIRA AGRADECE NEGRO RAÇA, NEGRO FÉ, NEGRO ORIXÁ...

Cultura Orixa
Written by Lokeni Ifatolà
A CULTURA BRASILEIRA AGRADECE NEGRO RAÇA, NEGRO FÉ, NEGRO ORIXÁ...

Negro Brasileiro, sinônimo de raça, de fé, de força, e sobrevivência.
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Podemos afirmar que a cultura do Candomblé no Brasil, nasceu nas senzalas com a junção de povos (africanos) com seus costumes e crenças (orixás), provenientes de milhões de negros de diversos países e cidades africanas, trazidos (arrancados) de seus lares e de suas famílias para trabalharem nas plantações de cana e café das cidades baianas, cariocas e paulistanas, e posteriormente nos exércitos e fazendas de fronteiras do rio grande do sul.
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      Graças aos conquistadores portugueses, franceses, ingleses e de padres e bispos da época; (que legaram aos brancos poderes de maltratar e até mesmo matar os negros e índios, afirmando que os mesmos eram sub-humanos, e portanto, não haveria pecado); milhões de negros foram massacrados nas colônias e em navios negreiros.
Porém, ironicamente podemos afirmar que: se não fosse essa catástrofe ou atrocidade animalesca; provocadas por animais considerados humanos, contra humanos considerados animais; hoje o Brasil não teria o prazer de conhecer esta maravilhosa cultura, sem mencionar nos orixás e seus axés.
  Ao contrário que muitos acreditam, na áfrica não existia somente tribos de índios semi-culturados. A mesma possuía (ainda permanece alguns reinados) reinos com suas hierarquias (reis, rainhas, sacerdotes, príncipes, generais, exércitos, etc.); assim como, havia uma cultura avançada relacionada à religião e comércio em todo continente, inclusive possuindo muitas heranças culturais egípcias, gregas e persas.
No continente africano, muitos reinos com suas milenares cidades, foram extintos graças às influências e dominações cristãs e mulçumanas. Aniquilando o resto da cultura existente nos países enfraquecidos pela escravidão, tornando-os órfãos de Orixás (cultura).
È fácil de verificar que em muitas regiões africanas o povo carece de energia (axé). Pois as principais fontes de energia foram saqueadas, assim: Sem Oxum (água potável); sem Ogum(trabalho/ferramentas); sem Xangô (justiça); sem Oxalá (paz); sem Iemanjá (nutrição mental/psicologia, estudo); sem Nanã (origem, família); sem Odé/Oxossi (comida/caça); sem Ossain (folhas, remédio); etc., felizmente essa regra não se aplica a todo continente africano, pois em muitas regiões podemos ainda desfrutar de fundamentos e cultura.

Quanto à escravidão...
Em várias senzalas brasileiras, foram aglomerados negros de diversas raízes que se uniram culturalmente; trocando, dividindo fundamentos de cultuação e prática religiosa. (juntos criaram a capoeira, o candomblé e diversas outras formas culturais existentes).
Como ocorreu...
Sabendo-se que: era costume em muitas cortes e tribos africanas, escravizarem os presos de guerra (principalmente os guerreiros) ao mesmo tempo em que não havia exércitos europeus capazes de vencer uma guerra ou confronto direto com povos africanos (unidos).
 Os europeus mercenários uniam-se a reis africanos, oferecendo armas e títulos da nobreza européia em troca dos prisioneiros de guerra, desencadeando um grande conflito intercontinental, apenas levantando calúnias e difamações entre os povos vizinhos.
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Cultura
      Após anos de guerras e conflitos, muitos reinos enfraqueceram seus sistemas de defesa e muitos soldados já estavam trabalhando nas colônias como escravos. Os europeus deram o golpe final invadindo e conquistando os reinos dos próprios aliados enfraquecidos Arrastando para as senzalas também as mulheres, crianças e nobres das cortes e roubando as principais riquezas africanas (ouro, diamantes e pedras preciosas).
      Assim prosseguiu a barbárie tarefa européia de comércio humano. Até o final da segunda guerra mundial. Onde ainda existia nas colônias africanas do império britânico, trabalho escravo e apartheid, em pleno século "XX".
 Na própria terra dos orixás a pobreza e as doenças, assistidas e divulgadas em meios de comunicação, como ex: em angola (ex-colônia portuguesa); tiveram como principal foco inicializador: a extinção da cultura dos povos por seus opressores.
Onde muitos habitantes, não reconhecem mais seus antepassados. Perdendo o elo com seus orixás (cultura)
  Porém, assim como ocorreu na escravidão no Brasil, sabemos que na áfrica existem bravos sobreviventes, que lutam para que seus países resgatem sua cultura e prestígio.
   E torçamos para que a cultura dos orixás, permaneça viva e fortes em muitos corações e povos, sobrevivendo inclusive de ataques das religiões que se dizem únicos donos da "palavra de Deus"; induzindo inclusive a separação de negros e brancos como nos EUA por exemplo, onde o negro abdicou totalmente de sua cultura ancestral, absorvendo a religião e os costumes (cultura) dos brancos.
Em sua religião os mesmos pregam em suas liturgias a fraternidade, a paz, o amor e principalmente a igualdade entre os homens. Mas mesmo assim, os negros foram humilhados e separados dos demais brancos.
Onde reza um negro, não reza um branco e cada qual possui sua igreja de mesmo Deus (para brancos e negros), perdendo assim sua identidade, seu orgulho e sua cultura.
E aqui no Brasil, quando não mais houver crianças chorando com fome e pessoas somente criticando os atos das pessoas de boa vontade ao invés de contribuir ou ajudar.
Certamente este país mais fértil, mais cultural e com o povo mais nobre e humano do mundo, terá seu lugar de destaque, respeito e reconhecimento em todo o planeta.
Hoje conhecemos a religião africana no continente americano como: -(Candomblé, batuque, Xangô, Santeria, Vodoo e outras), porém todas fazem parte e devem ser conhecidas como Candomblé. Em cada grupo, juntaram-se culturas, associadas ao maior ou menor número de pessoas originárias da mesma raiz (ketu, Angola, Oyo, Jêje, Ijexá, etc).
Em muitos reinos/cidades, cultuavam-se diferentes Orixás em cada raiz (família).
Como em muitos locais, eles conheciam Orixás por diferentes nomes. Ex: Obaluaie e Omulu em ketu(nagô); Xapanã e Sapakta em Jêje, (que são os mesmos Orixás em qualidades diferentes), em muitas nações (raízes), Orixás distintos e não mais cultuados foram associados a outros Orixás, tornando-se "qualidades".
Ex: no Oyó (batuque) Otin é um Orixá feminino que se cultua junto a Ode.
Em outras nações de Candomblé, a mesma é uma "qualidade" de Oxossi/Ode.
Seus fundadores ou reis eram cultuados especificamente em suas próprias cidades conquistadas ou fundadas. Ex: Xangô em Oyó, Logun-edé em Efon, Oxossi em ketu, etc. sendo até hoje reverenciados, servindo de pilar na identificação da origem de cada casa de Candomblé existente no Brasil.
   Temos como principal objetivo, resgatar a cultura e apresentar a filosofia da religião africana inserida nos bons costumes, na fraternidade e no respeito à comunidade em geral.

Equipe Orixás
Texto Obanise


 Cultura
Qualidades de Orixás

"Sobre as Qualidades de Orixas"
Existe sem duvida no Brasil uma questão muito polêmica sobre as multiplicidades dos orisas chamada por todos de qualidade de santo.
  Essa questão será esclarecida nessa coluna exaustivamente para que todos possam ter acesso. Primeiro na África fica mais fácil o entendimento porque não há qualidade de santo; ou seja, em cada região cultua-se um determinado orisa que é considerado ancestral dessa região e, alguns orisas por sua importância acaba sendo conhecido em vários lugares como é o caso de Sàngó, Orumila, etc. é de se saber que Esu é cultuado em todo território africano.
Vejam bem: Osun da cidade de Osogbo é Osun Osogbo, da região de Iponda é a Osun de Iponda, Ogún da região de ire é Ogún de Ire (Onire: chefe de ire), do estado de Ondo é Ogún de Ondo,etc.
 Na época do tráfico de escravos veio para o Brasil diversas etnias Ijesas, Oyos, Ibos, Ketus,etc e cada qual trouxe seus costumes juntos com seus orisas digamos particulares, e após a mistura dessas tribos e troca de informações entre eles cada sacerdote ou quem entendia de um determinado orisa trocaram fundamentos e a partir daí surge as qualidades, e essa quantidade de orisa presente aqui no Brasil, sendo que o orisa é o mesmo com origens diferenciadas.
      É claro que por ter origens diferenciadas seus cultos possuem particularidades religiosas e até mesmo culturais por exemplo Oyá Petu tem seus fundamentos assim como Oyá Tope terá o seu, isso nada mais é, que uma passagem do mesmo orisa por diversos lugares e cada povo passou a cultuá-lo de acordo com seus próprios costumes.
      Um exemplo mais nítido é que aqui fazemos muitos pratos para Osun com feijão fradinho, entretanto num determinado país não há esse feijão portanto foi substituído por um grão semelhante e assim puderam continuar com o culto a Osun sem a preocupação de importar o feijão fradinho.
      Outro exemplo de orisa transformado em qualidade no Brasil é Osun kare, Kare é uma louvação à Osun quando se diz: Kare o Osun! A palavra kare também é uma espécie de bairro na África, logo Osun cultuada em kare é Osun kare, e por ai vai surgindo desordenadamente essa quantidade de orisa aqui no Brasil.
  Imagine um rio que atravessa todo território Nigeriano e, em suas margens diversas etnias que num determinado local algumas pessoas diria que ali é a morada de Osun Ijimu (cidade de Ijumu na região dos Ijesa), mais para frente em Iponda diria aqui é a morada de Osun Iponda, mais para frente, em Ede esse rio terá o culto de Ologun Ede, o chefe de guerra de Ede segundo sua mitologia, e serão diversos orisas cultuados num mesmo rio por diversas etnias com pequenas particularidades.
  Isso acontece com todos orisas e suas mitologias fazem alusão a essas passagens e constantes peregrinação de seus sacerdotes quer por viajens comercias ou por guerras intertribais sempre espalharam seus orisas em outras regiões.
 Outro fato interessante é títulos que algumas divindades possuem e foram transformadas em qualidades, por exemplo Ossosi akeran, akeran é um titulo de um determinado caçador (ancestral) com isso vamos na próxima edição analisar esses fatos e informar todas qualidades de orisa da nação keto que o sacerdote pode ou não mexer de acordo com o conhecimento de cada um, pois o nosso dever é informar sem a pretensão de nunca ser o dono da verdade Na próxima edição vamos diferenciar, títulos de nomes de cidades, nomes tirados de cânticos que as pessoas insistem em dizer que é qualidade de orisa.
Sobre a multiplicidade dos orisa.
Vamos separar a qualidade como é chamada no Brasil (em Cuba chama-se caminhos), dos títulos e de nomes tirados de cantigas como insistem pseudo sacerdotes. Já sabemos que os orisa são venerados com outros nomes em regiões diferentes como: Iroko (Yoruba), Loko (Gege), Sango (Oyo), Oranfe (Ife), isso torna o culto diferente.
 Temos também o segundo nome designando seu lugar de origem como Ogun Onire (Ire), Osun Kare (Kare),etc, também temos os orisa com outros nomes referentes as suas realizações como Ogun Mejeje refere-se as lutas contra as 7 cidades antes dele invadir Ire, Iya Ori a versão de Iyemanja como dona das cabeças, etc.
 Há portanto uma caracterização variada das principais divindades, ou seja, uma mesma divindade com vários nomes e, é isso que multiplica os orisas aqui no Brasil.
       Vamos começar com Esu o primogênito orisa criado por Olorun de matéria do planeta segundo sua mitologia, ele possui a função de executor, observador, mensageiro, líder, etc. Alem dos nomes citados aqui que são epítetos e nomes de cidades onde há seu culto, ele será batizado com outros nomes no momento de seu assentamento, ritual especifico e odu do dia. Não será escrito na grafia Yoruba para melhor entendimento do leitor.
Oba Iangui: o primeiro foi dividido em varias partes segundo seus mito.
Agba: o ancestral, epíteto referente a sua antiguidade.
Alaketu: cultuado na cidade de ketu onde foi o primeiro senhor de ketu.
Ikoto: faz referencia ao elemento ikoto que é usado nos assentos esse objeto lembra o movimento que esu faz quando se move do jeito de um furacão.
Odara: fase benéfica quando ele não está transitando caoticamente.
Oduso: quando faz a função de guardião do jogo de búzios.
Igbaketa: o terceiro elemento, faz alusão ao domínios do orita e ao sistema divinatório.
Cultura
Akesan: quando exerce domínios sobre os comércios.
Jelu: nessa fase ele regula o crescimento dos seres diferenciados. Culto em Ijelu.
Ina: quando e invocado na cerimônia do ipade regulamentando o ritual.
Onan: referencia aos bons caminhos, a maioria dos terreiros o tem, seu fundamento reza que não pode ser comprado nem ganhado e sim achado por acaso.
Ojise: com essa invocação ele fará sua função de mensageiro.
Eleru: transportador dos carregos rituais onde possui total domínio.
Elebo: possui as mesmas atribuições com caracterizações diferentes.
Ajonan: tinha seu culto forte na antiga região Ijesa.
Maleke: o mesmo citado acima.
Lodo: senhor dos rios, função delicada dado a conflitos de elementos
Loko: como ele é assexuado nessa fase tende ao masculino simbolizando virilidade e procriação.
Oguiri Oko: ligado aos caçadores e ao culto de Orumila-Ifa.
Enugbarijo: nessa forma esu passa a falar em nome de todos os orisas.
Agbo: o guardião do sistema divinatório de Orumila.
Eledu: estabelece seu poder sobre as cinzas, carvão e tudo que foi petrificado.
Olobe: domina a faca e objetos de corte é comum assenta-lo para pessoas que possuem posto de Asogun.
Woro: vem da cidade do mesmo nome.
Marabo: aspecto de esu onde cumpre o papel de protetor, Ma=verdadeiramente, Ra=envolver, bo=guardião. Também chamado de Barabo= esu da proteção, não confundi-lo com seu marabo da religião Umbandista.
Soroke: apenas um apelido, pois a palavra significa em português aquele que fala mais alto, portanto qualquer orisa pode ser soroke.
Ogún, Òsòósí e Ode lembrando que nem todos caçadores tomaram o titulo de Òsòósí e, na África, Òsòósí em certas regiões é feminino tomando o aspecto masculino no antigo reino de Ketu. Ode que dizer caçador, porém, nem todos Ode's são Òsòósí; Ijibu Ode, Ikija, Agbeokuta, são alguns lugares onde houve seu culto, pois seu culto, expandiu-se mesmo aqui no Brasil onde ele é lembrado como rei de Ketu, Ogún em outro aspecto foi chefe dos caçadores (Olode) entregando essa função mais tarde para seu irmão caçula Òsòósí para partir em buscas de suas inúmeras batalhas. Já em certas mitologias o caçador passa a ser sua esposa Òsòósí L`Obirin Ogun, ou seja, Òsòósí é a esposa de Ogún, segundo o verso desse mito. Isso afirma o chamado enredo de santo aqui no Brasil quando se diz que para assentar Òsòósí temos que assentar Ogún e vice versa. Era costume africano quando os caçadores tinham que partir em busca de suas presas, louvarem Ogún para que tudo desse certo, de òrìsà secundário na África Òsòósí, passou a uma condição importantíssima no Brasil sendo òrìsà patrono da nação Keto, senhor absoluto da cerimônia fúnebre do asesé, alguns cânticos fazem alusão a essa condição: Ode lo bi wa, ou seja, o caçador nos trouxe ao mundo. Eis alguns nomes de Ogún/Òsòósí/Ode conhecidos, sobretudo no Brasil e seus aspectos, características, origem e particularidades:
Ogún Olode: epíteto do òrìsà destacando sua condição de chefe dos caçadores.
Ogún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido: um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um de seus mitos o liga a Osagìyán e Ìyémojá quanto a sua origem e como ele ajudou Osalá em seu reino fazendo ambos um trato.
Ogún Meje: aspecto do òrìsà lembrando sua realização em conquistar a sétima aldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar seu filho Adahunsi.
Ogun Waris: nessa condição o òrìsà se apresenta muitas vezes com forças destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo ele se aborrece.
Um de seus mitos narram que ele ficou momentaneamente cego.
Ogún Onire: Quando passou a reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia.
Ogún Masa: Um dos nomes bastante comum do òrìsà, segundo os antigos é um aspecto benéfico do òrìsà quando assim ele se apresenta.
Ogun Soroke: apenas um apelido que Ogún ganhou devido a sua condição
extrovertida, soro = falar, ke= mais alto. Nossa historia registra o porque o chamam assim.
Ogún Alagbede: nesse aspecto o òrìsà assume o papel de pai do caçador e esposo de Ìyémojá Ogunte (uma outra versão de Ìyémojá) segundo um de seus inúmeros mitos.
Há vários nomes de Ogún fazendo alusão a cidade onde houve seu culto como Ogún Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu culto, etc. O òrìsà possui vários nomes na África como no Brasil e com isso ganha suas particularidades e costumes.
Ode/Osossi.

Há uma síntese sobre esse orisa na edição anterior, eis então suas várias formas de se apresentar:
Osossi akeran = um titulo do orisa;
Ossosi Nikati = um de seus nomes;
Osossi Golomi = um de seus nomes;
Ossosi fomin = um de seus nomes;
Ossosi Ibo = um de seus mitos o liga a Ossain;
Ossosi Onipapo = um dos antigos, tem culto a mais de um século no país;
Ossosi Orisambo = possui seu assentamento diferente dos demais;
Ossosi Echeui/Echeue = seu mito o liga a Ossayn e as vezes a Osalá segundo os "antigos";
Osossi Arole = uns de seus epítetos; Ossosi Obaunlu = segundo registro há um assentamento deste orisa aqui no Brasil desde 1616 no ase de D. Olga de alaketu, é considerado o patrono de ketu;
Ossosi Beno = um dos mais antigos, detalhe tem assento aqui em São Paulo, cidade considerada emergente para tradições do candomblé Keto, com poucas casas antigas.
Ossosi DanaDana = aquele que ateou fogo ou roubou, um epíteto dos mais perigosos dado ao caçador.
Ode Wawa = epíteto do caçador;não se tem notícia do seu culto no Brasil;
Ode Wale = epíteto do caçador, não se tem notícia de seu culto no Brasil;
Ode Oregbeule = é um Irunmale, portanto acima do orisa foi um dos companheiros de Odudua em sua chegada na terra segundo sua mitologia;
Ode Otin = outro caçador confundido com Ossosi, sua lenda o identifica ora como uma caçadora ora como um caçador, contudo sua ligação com Ossosi é fato, Otin se apresenta sempre junto com ele a ponto de confundi-los;
Ode Karo = um do caçadores que também mora as margens de um rio é irmão de iguidinile.
Ode Ologunede = o chefe de guerra de Ede, titulo ganhado quando seu pai o entregou aos cuidados de Ogún;
Olo = senhor, gun = guerra, Ede = um lugar na áfrica. É filho de um outro caçador chamado Erinle tendo como mãe Osún Iponda. O posto de asogun, a priori, surge desse mito que o liga a Ogún companheiro de seu pai.

Cultura
      Possui outros nomes como Omo Alade, ou seja, o príncipe coroado.
Não há qualidades de Logun como acreditam alguns tais como locibain, aro aro, etc., são apenas nomes tirados de cânticos, aliás aro quer dizer tanta coisa menos nome de orisa.
O nome Ibain é de um outro caçador homenageado nos cânticos de Ologun, esse caçador inclusive é o verdadeiro proprietário dos chifres tão importantes no culto. Oba L`Oge é um outro nome para esse orisa. É da região de Ijesa;
Ode Erinle = outro caçador confundido com Osossi no Brasil. Seu assento é completamente diferente dos demais, pois Erinle ou Inle é um orisa do rio do mesmo nome, o rio Erinle que corta a região de Ilobu na Nigéria.
Encontra-se seus mitos no odu Okaran-Ogbe e Odi-Obara.
Sua esposa é Abatan pois é considerado médico e ela enfermeira, seu culto antecede o de Ossayn, o pássaro os representam.
 Ibojuto é a sua própria reencarnação representado pelo bastão que vai em seu assentamento e tem a mesma importância do Ofa de Ossosi. Tem uma filha chamada Aguta que às vezes se apresenta como irmã ou como filha sendo sua mãe Ainan. Ode Otin se apresenta como sua filha, às vezes e ai é representado por uma enguia.
      Ainda temos Boiko como seu guardião, Asão seu amigo e Jobis seu ajudante. No Brasil o ligam a Osún e a Iyemanja pois segundo sua lenda é pela boca dela que ele fala, Erinle é um orisa andrógino e considerado o mais belo dos caçadores;
Ode Ibualama = uma outra versão para Erinle quando ele se apresenta mais ao fundo do rio, há um templo com esse nome na África fazendo alusão ao seu fundador. Aliás há vários templos mas todos são de um orisa só: Erinle nessa situação o caçador traça um outro caminho e pactua seus mitos com Omolu, Osumare, Nana, etc.
A montagem de seu Igba (cuia) também difere de um simples alguidar com um ofa para cima como é comum as pessoas não esclarecidas assim fazer.
Ossayn, Omolu, Oluaye, Osumare, Nanan e Iroko.
Ossayn = Também chamado Baba Ewe, Asiba, que são epítetos do orisa. Possui seu próprio sistema divinatório; o orisa exerce suas funções interligadas a Esu composto ao mesmo tempo em que ele. Kosi ewe, kosi orisa: Sem folhas, sem orisa.
Osumare = Chamado Araka seu epíteto. É o orisa do arco-íris e da transformação, não deve ser confundido com o vodun Becem que se apresenta como Dangbe, Bafun, Danwedo todos da família Danbira e cultuados em outra nação.
Omolu / Obaluaye = É como se apresenta o orisa sapata transmutando-se para formas conhecidas tais como: Agoro, Telu, Azaoni, Jagun, Possun, Arawe, Ajunsun, Afoman, etc, cada qual com suas particularidades.
Nanan = apresenta-se nas formas conhecidas como: Iyabahin, Salare, Buruku, Asainan, sem culto no Brasil. É sempre bom lembrar que muitos nomes são de lugares onde se cultua o orisa.
Por exemplo: Ajunsun é o Rei de Savalu, assim como Dangbe é o Rei do Gege, portanto são nomes que dão origem as suas formas:
Iroko = orisa da gameleira (no Brasil), controla a hemorragia humana.
Yabas = são os orisá feminino.
Oba = orisa guerreira é única em seu aspecto.
Ewá = orisa guerreira única em seu aspecto.
Osún Opara = a orisa se apresenta jovem e guerreira.
Osún Iponda = jovem e guerreira, da cidade de Iponda.
Osún Ajagura = jovem e guerreira, nação nagô - Oyo, Pernambuco.
Osún Aboto = aspecto maduro da orisa.
Osún Ijimun = aspecto idosa e dada as feitiçarias, ligação com Iami Eleye.
Osún Iberin = aspecto maduro da orisa, nessa forma não desce nas cabeças.
Osún Ipetu = aspecto maduro da orisa.
Osún Ikole = seu mito a liga a Iemanjá e Ode Erinle, transformou-se numa ave.
Osún Popolokun = Conta os antigos que não vem mais, será?.
Osún Osogbo = ela deu oringem ao nome da cidade de Osogbo.
Osún Ioke = Se apresenta como caçadora.
Osún Kare = Um de seus títulos, Kare tem seu próprio nome que poucos conhecem.
Iyeyeo Ominibu = epíteto da Osún.
Iyemonja Ogunte = orisa se apresenta jovem e guerreira.
Iyemonja Yasessu = assume a maternidade de Sàngó é ranzinza e respeitável.
Iyemonja Saba = uma das formas da mãe.
Iyemonja Maleleo = não se obteve noticias desse aspecto no Brasil.
Iyemonja konla = seu mito conta que ela afoga os pescadores.
Iyemonja Ataramaba = Nessa forma ela está no colo de sua mãe olokun.
Iyemonja Ogunde = aspecto da orisa cultuado no Nagô em Pernambuco.
Iyemonja Iyá Ori = nessa forma ela assume todas as cabeças mortais.
Iyamasse = forma de quando ela é definitivamente mãe de Sàngó.
Iyemonja Araseyn = fuxico com Ossayn.
Oyá Lesseyen = uma das Igbales que mora no próprio Lesseyen.
Oyá Egunita = orisa Igbale.
Oyá Foman = orisa Igbale.
Oyá Ate Oju = orisa Igbale aspecto dificil de Oyá quando caminha com Nana.
Oyá Tope = uma de suas formas.
Oyá Mesan = um de seus epítetos.
Oyá Onira = rainha da cidade de Ira.
Oyá Logunere = uma de suas formas.
Oyá Agangbele = esse caminho mostra a dificuldade quando a geração de filhos.
Oyá petu = nesse aspecto ela convive com Sàngó.
Oyá Arira = uma de suas formas.
Oyá Ogaraju = uma das mais antigas no Brasil.
Oyá doluo = eró ossayn; culto Nagô.
Oyá Kodun = eró com Osaguian.
Oyá Bamila = eró Olufon.
Oyá Kedimolu = eró Osumare = Omolu.
Lokeni Ifatolà