HIERARQUIA DO TRAJE DO CANDOMBLÉ

NO CANDOMBLÉ, SOMENTE O ALTO GRAU É PERMITIDO O USO DE TODOS OS ELEMENTOS DO FIGURINO AFRO-BRASILEIRO.

A beleza e a elegância dos trajes no Candomblé, são simplesmente umas obras de arte. Revela mais do que a perfeição e na maioria das vezes saem das sagradas mãos das costuras das Yalorixás e dos Babalorixás. Quem conhece os preceitos da religião, entende que somente os iniciados com Grau Máximo Hierárquico, podem estar de posse a todas essas vestimentas do figurino afro-brasileiro. No candomblé, o tempo de iniciação religiosa tem sua importância, e à reverência feita a cada membro da comunidade é primordial, seguir as regras.

Todos os iniciados na religião, ricos ou pobres começam como todos os demais veste roupa de ração. O traje dos abiã, nome dado aos iniciados na casa de Candomblé, assim como a da iaô o mais simples possível. Branca, e confeccionada em tecido simples, (Amorim) sem rendas, decotes ou babados. A cabeça-orí parte do corpo que guarda o axé, estará sempre coberta pelo ojá. O primeiro adorno será adicionado quando completar um ano de iniciação recebera uma fita. No terceiro ano ganharão duas fitas e no sétimo ano mais quatro fitas. Neste estágio do sétimo ano, serão feitas roupas lindíssimas de acordo com o cargo adquirido. Os trajes vão variar, se for uma iaô, mesmo com cargo, não deverão se vestir como as mais velhas, as ebomis. Cargo respeitado na casa de Candomblé. Porém, a roupa de ração nunca será esquecida. São com elas que todos os participantes da religião usam para praticarem suas atividades e atos religiosos. Essas escalas no trajar servem como maneira de identificar ocupantes de altos postos religiosos no Candomblé.